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Hipertensão Arterial Sistêmica

  • Foto do escritor: Fernando Lima
    Fernando Lima
  • 28 de out. de 2024
  • 4 min de leitura

Trata-se de uma condição multifatorial, que depende de fatores genéticos, ambientais e sociais , caracterizada por elevação persistente da pressão arterial (PA), ou seja, PA sistólica (PAS) maior ou igual a 140 mmHg e/ou PA diastólica (PAD) maior ou igual a 90 mmHg, medida com a técnica correta, em pelo menos duas ocasiões diferentes separadas por no mínimo de 14 dias , na ausência de medicação anti-hipertensiva.


médico realizando aferição da pressão arterial sistemica

Por se tratar de condição frequentemente assintomática, a HA costuma evoluir com alterações estruturais e/ou funcionais em órgãos alvo, como coração, cérebro, rins e vasos. Associa-se a fatores de risco metabólicos para as doenças dos sistemas cardiocirculatório e renal, como dislipidemia, obesidade abdominal, intolerância à glicose, e diabetes melitus (DM).


A Hipertensão Arterial Sistêmica é o principal fator de risco modificável associadas as doenças cardiovasculares (DCV), doença renal crônica (DRC) e morte prematura. Associa-se a fatores de risco metabólicos para as doenças dos sistemas cardiocirculatório e renal, como dislipidemia, obesidade abdominal, intolerância à glicose e diabetes melito (DM)


Fatores de Risco:


  • Sobrepeso/Obesidade

A obesidade e o sobrepeso são associados ao aumento do risco de Hipertensão Arterial .


  • Sexo

Em faixas etárias mais jovens, a PA é mais elevada entre homens, mas a elevação pressórica por década se apresenta maior nas mulheres.


  • Idade

Com o envelhecimento, a PAS torna-se um problema mais significante, resultante do enrijecimento progressivo e da perda de complacência das grandes artérias. Em torno de 65% dos indivíduos acima dos 60 anos apresentam HA.


  • Ingestão de Sódio e Potássio

A ingestão elevada de sódio tem-se mostrado um fator de risco para a elevação da PA, e consequentemente, da maior prevalência de HA. A literatura científica mostra que a ingestão de sódio está associada a DCV e AVE, quando a ingestão média é superior a 2 g de sódio, o equivalente a 5 g de sal de cozinha. Tem destaque, nesse sentido, a dieta DASH e suas variantes (baixa quantidade de gordura, mediterrânea, vegetariana/vegana, nórdica, baixo teor de carboidratos etc.).


  • Atividade Física

Todos os adultos devem ser aconselhados a praticar pelo menos 150 min/semana de atividades físicas moderadas ou 75 min/semana de vigorosas. Os exercícios aeróbicos (caminhada, corrida, ciclismo ou natação) podem ser praticados por 30 minutos em 5 a 7 dias por semana.


  • Tabagismo

Independentemente de seu efeito sobre a PA, abordar este tema mostra-se muito importante, porque o fumo é o único fator de risco totalmente evitável de doença e morte cardiovasculares, e seu enfrentamento precisa ser feito.


A avaliação inicial de um paciente com hipertensão arterial (HA) inclui a confirmação do diagnóstico, a suspeita e a identificação de causa secundária, além da avaliação do risco cardiovascular (CV). As lesões de órgão-alvo (LOA) e as doenças associadas também devem ser investigadas.


Valores de pressão arterial (PA) elevados têm sido tradicionalmente associados ao risco para cardiopatia isquêmica, acidente vascular encefálico (AVE), doença renal crônica (DRC) e mortalidade precoce.


Os pacientes continuam sendo classificados como hipertensos com níveis de PA acima de 140/90 mmHg, e indivíduos com PAS entre 120 a 139 mmHg e PAD entre 80 a 89 mmHg são classificados como portadores de PA normal ou pré-hipertensos, sendo que tais pessoas apresentam risco cardiovascular mais elevado em comparação com a PA ótima( PAS menor do que 120 mmHg e PAD menor do que 80 mmHg) ou normal.


Diagnóstico

São considerados hipertensos os indivíduos com PAS ≥ 140 mmHg e/ou PAD ≥ 90 mmHg.


Quando utilizadas as medidas de consultório, o diagnóstico de HA deverá ser sempre validado por medições repetidas, em condições ideais, em duas ou mais visitas médicas em intervalo de no mínimo 14 dias ; ou de maneira mais assertiva, realizando-se o diagnóstico com medidas fora do consultório (MAPA ou MRPA), excetuando-se aqueles pacientes que já apresentem LOA ou doença;


Indivíduos com PAS ≥ 140 mmHg e PAD < 90 mmHg são definidos como portadores de HA sistólica isolada, enquanto a presença de níveis de PAS < 140 mmHg e PAD ≥ 90 mmHg caracteriza a HA diastólica isolada.


Conseguimos identificar lesões de órgão alvo em diversos exames complementares, no eletrocardiograma e no ecocardiograma, dentre outras alterações, pode observar hipertrofia do ventrículo esquerdo sobretudo em região septal.



Tratamento

Nos hipertensos de risco CV baixo ou moderado, a meta de tratamento é alcançar valores inferiores a 140/90 mmHg. No hipertenso com DAC, a meta terapêutica é obter PA< 130/80 mmHg, mas sempre com monitorização de eventos adversos, especialmente redução da função renal e alterações eletrolíticas. O tratamento da hipertensão nos indivíduos diabéticos deve procurar manter valores < 130/80 mmHg, evitando-se a redução acentuada da PA para valores inferiores a 120/70 mmHg.


  • Metas pressóricas gerais a serem obtidas com o tratamento anti-hipertensivo: Meta Risco cardiovascular Baixo ou moderado Alto PA sistólica (mmHg) < 140 120-129 PA diastólica (mmHg) < 90 70-79

  • Metas de tratamento para idosos considerando a condição global e a medida da pressão arterial no consultório: Meta pressórica Hígidos 2 ≥140 (I, A) 130-139 (I, A) 6 ≥90 70-79 Idosos frágeis 3 ≥160 (I, C) 140-149 (I, C) 7 ≥90 70-79


Fonte: Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020.Barroso et al



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